Como escolher o melhor calçado de segurança

Como escolher o melhor calçado de segurança

Como escolher o melhor calçado de segurança

Como escolher o melhor calçado de segurança

O Anuário Estatístico da Previdência Social registra perto de 39 mil casos de acidentes ocupacionais envolvendo os pés dos trabalhadores brasileiros, sendo a segunda parte do corpo mais atingida. Dados como esse comprovam que é indispensável o uso do calçado de segurança, um importante Equipamento de Proteção Individual (EPI) exigido pela normatização de Segurança e Saúde do Trabalho.

O calçado de segurança deve proteger os pés dos usuários nas mais diferentes profissões, seja na indústria, no comércio ou em serviços. A Norma Regulamentadora nº 6 o classifica de acordo com algumas possibilidades de riscos ocupacionais: para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos, contra agentes provenientes de energia elétrica, agentes térmicos, agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, agentes químicos e contra umidade proveniente de operações com uso de água.

Fabricado de acordo com normas técnicas específicas, o calçado de segurança, ano a ano, vem evoluindo em tecnologia, qualidade, conforto e design. Diferentes modelos estão disponíveis no mercado. São fabricados com os mais variados materiais e componentes, cada um próprio para determinada ocupação. Por isso, fazer a escolha certa exige cuidado e atenção.

FATORES

A aquisição do EPI do funcionário é responsabilidade da empresa, e a escolha do equipamento ideal vai refletir, não só na segurança, mas, também, na produtividade do colaborador. Para ter certeza de que está adquirindo o calçado de segurança adequado, o empregador precisa levar alguns fatores em consideração.

Um deles é saber exatamente a quais tipos de riscos ocupacionais os empregados podem ficar expostos, sejam físicos, químicos, biológicos, ergonômicos ou de acidentes. Ciente dos riscos existentes no ambiente de trabalho, o empregador saberá qual o tipo de proteção que o calçado de segurança deve oferecer. Tais informações podem ser identificadas por meio das simbologias informadas no produto ou em sua embalagem.

COMPONENTES

Observar os componentes do EPI também é necessário. Um deles é a biqueira. A peça fixada no bico do calçado de segurança pode ser encontrada em três tipos de materiais para proteção em diferentes situações: PVC, quando não há perigo de quedas de objetos; aço, contra quedas de objetos, perfurações e cortes; e composite, mais leve que os demais, utilizado nas situações citadas anteriormente, com exceção do risco de cortes.

Outro componente a ser observado é o cabedal, que compreende toda a parte externa superior do calçado de segurança. É de suma importância, pois protege em certas situações de impacto, como a queda de objetos e perfurações. Geralmente são encontrados no mercado cabedais produzidos em couro, raspa, vaqueta, sintético, borracha, náilon, PVC e PU (poliuretano).

O solado é mais um importante componente do calçado de segurança, pois, mais do que proteger os pés contra diversos riscos ocupacionais, também é responsável pelo conforto do usuário. Os principais tipos de solados existentes são o monodensidade e o bidensidade, dependendo da quantidade de injeção de PU. Por sua vez, as palmilhas funcionam como uma camada extra de proteção junto ao solado.

TESTE

Antes da aquisição do calçado de segurança, ainda é preciso saber se ele foi fabricado e testado de acordo com as exigências especificadas nas normas técnicas referentes a cada tipo de risco ocupacional.

Mais do que proteger o trabalhador contra diferentes riscos ocupacionais, o calçado de segurança precisa ser confortável, afinal, ele fará parte da rotina diária do usuário durante várias horas. É importante, portanto, analisar itens como leveza, amortecimento de impacto, tamanho adequado e flexibilidade.

A procedência do EPI é outro importante fator a ser observado. É preciso escolher uma fabricante ou uma loja de confiança, nas quais se pode encontrar produtos de qualidade comprovada e garantia do melhor custo-benefício.